✿ܓܓ
um cantinho especial pra você ,de prosa en prosa vai surgindo uma pagina encantada cheia de cor e magia que a todos encantam sejam bem vindos a o Cheiro de hortela ✿ܓܓ✿ܓO ar tem cheiro de hortelã...ou borboletas. Não sei.

A cozinha é um pedaço da casa onde eu gosto de ficar.
Ali,tudo cheira a ela.
Uma mulher no canto me vigia mesmo sem presença física.
Converso com ela.
Ela reflete no chá que bebo.
Acho que de hortelã - não me lembro... -
Canto canções que falam de amor.
E entre as palavras a chamo.
E ela quer saber a noção exata do que sinto.
Ainda não aprendi a traduzir isso.Imito o vento.
Preciso de palavras novas.Mas,são sempre as mesma que me lembro quando penso nela.
Amor.
O ar tem cheiro de hortelã...ou borboletas.Não sei
Perdi um pouco da memória de mim.
Me encontro nela e nesse vago encontro com a essência que ela deixou aqui...

Mariana Gouveia

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O lugar que me faz feliz









Casa Arrumada  
                                                                                A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.Este é o cantinho de minha irma onde esqueço onde estou e vivo cada minuto !           FELIZ NATAL A TODOS 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sem meu pai esta casa e este mundo nao existiriam meu mundo !


Poeta da roça...
Nos meus versos simples

Eu quero falar ao Poeta da roça
Que vive com simplicidade...
Desfrutando de todos os encantos da natureza.
Ao romper da aurora, o galo canta
Acordando o Poeta roceiro
Admira o nascer sol...
E mais um gole, do puro café Brasileiro.
No campo a lida é dura...
De sol a sol, derrama o seu suor
Planta e colhe o fruto...
Destribuido ao território Brasileiro
E exportado para o estrangeiro.
O seu relógio é o sol
Não tem ponteiros...
Quando a noite vem...
No repique da viola, junta-se
a outros violeiros.
Canta o brilho das estrelas
Se enamora com beleza da lua
E agradece pela vida...
Ao seu santo padroeiro.
Aqui na cidade, quando sentamos a mesa
Estamos, saboreando os mais belos versos
Da Poesia, cultivada pelo Poeta roceiro.
Não sou Poeta, apenas rabiscos estas palavras
Para agradecer o grande Poeta Guerreiro.
                                    Rosa Gandine HipólitoFoto: veja o detalhe da janela uma roda de boi, o filtro de água fresquinhaPanelas de barro feitas na roça,para cozinhar feijão,quem não gosta?

O sitio da vo lembranças de infancia

link das modas da vida no sitio


https://www.youtube.com/watch?v=I8BG1TOFXAs

Ah, doces dias na casa da vovó! Aquele café da manhã de princesa e um cheirinho gostoso de café bailando pelo ar como uma terna melodia prestes a ser descoberta. Pão quentinho que até derrete  caseiro feito pela mãe da minha rainha, acompanhado de um copo de achocolatado para começar bem o dia. Vamos à feira como de costume. Queijo, cuca de farofa, banana, lingüiça, bolachas (já falei que adoro essas bolachas?), frango para a sopa, flores e claro, o tão amado torresmo. Não me agüento até em casa: “Vó, já posso comer?”. Um passeio rápido pela cidade e... chegamos.



A felicidade da cadelinha é tanta que corre de um lado para outro, sem parar.     Hora de guardar as coisas da cesta cheia e pesada que antes da ida ainda estava vazia. Droga, não gosto dessa parte... “Pode ir descansar, vó, dou um jeito aqui!”. Confesso que com pouquíssima vontade. Coisas aqui, coisas ali. Lá vem a cadelinha, curiosa.“Não tem nada pra ti aqui, chatinha”. Não resisto e... “só uma rosquinha não faz mal, né?”. Tudo arrumadinho. Hora de ir ver onde está meu bebê. Embaixo das cobertas, claro. Deito junto e a abraço. “Sabia que te amo, né?! Você é a vó mais linda desse mundo!”. Então ela me mostra a língua, fica toda boba, uma linda. Ok, não consigo cochilar tão fácil quanto ela... e também detesto ficar sem nada para fazer. Levando-me rapidamente. Ah, e não é que a mãe e a pequena chegaram? “Bom dia dorminhocas”, diz a rainha. Até parece!

Novo ritual de café. Claro, nunca nego comida. Um defeito quem sabe... será? Conversamos e rimos um pouco. Minha mais nova irmã diz coisas divertidas e chego a uma conclusão: ela é divertida! Cadê a mais velha? Dormindo, para variar um pouco. Gosta de ficar acordada até tarde e consequentemente dormir até tarde. Jeito dela, autêntico para mim. Chega o homem da casa, de pijama e com uma cara amassada. Nossa, entre cinco é o único, coitado. “O que faremos hoje? Sítio?”. A decisão é quase unânime, a não ser eu, que resisto um pouco.
Aprontarmo-nos para ir à Vila . Tão linda! Ao som de cantores   nós vamos. Chegando lá   Respiramos o ar puro, diferente do da cidade, pesado. Uma sensação gostosa. Hora de pescar. Os peixes dançam na água limpa que desce do mato virgem. Haja paciência! A senhora dos olhos castanhos pesca o primeiro, para variar. Corre-corre para pegar o pássagua! Lindo peixe. Sortudo peixe. É, nem tanto... Mais um pouco e cansei, quero voltar. Um pouco chata, talvez.
Já é quase de noite. O sol beija o horizonte e as cores se misturam no céu. A casa começa a esfriar. E a surpresa esperada acontece! “Bi-bip!” na frente do portão principal. “Eles chegaram vó!”. Tão adorável a visita dos meus irmãos, meus primos. “Oi tio, tudo bem?”. Não demora muito e a correria começa acompanhada de risadas. Dribla de cá e de lá no futebol, pra variar. O vaso mais lindo se quebra e a culpa é minha! “Chutei muito forte, vó! Foi mal!”, continuamos com a brincadeira, mas passa tão rápido, sempre. “Tchau, outro dia a gente brinca mais”, digo com lágrimas nos olhos e com um sorriso triste no rosto ao ver o carro se perder na descida do morro. Calma, ainda falta uma coisa! A rua principal é ao lado do jardim e... corre! Chegando lá, grito ao ver o carro branco passar.“Tchaaaaaau!”. Típico!
“Tchau vó, dorme com os anjos, te amo!”. Atravesso a rua e em três passos largos já estou dentro de casa. Um banho quente, um pão no ‘vira-vira’, escovar os dentes e cama. Um beijo doce na testa é essencial. Não demora muito para pegar no sono. E então sonho, sabendo que um dia terei saudades desse tempo.saudosismo de meu tempo de criança

domingo, 14 de outubro de 2012

A historia do bolo de banana!


A mesa posta para o café  é uma cultura de ternura aqui em minas nos não perdemos as origens mesmo indo morar em campinas mas com os dois pés aqui em minas  sempre venho  2 vezes por mês ver minha família cheguei aqui e já fui pra cozinha prepara um bolo de banana delicioso Sempre que venho pra cá tenho muitas lembranças memórias que, quando puxo por elas, fico enternecida. Não é propriamente saudosismo o que se apodera de mim, mas um    conforto e de ternura. Lembrar a mesa posta para o café da manhã é uma delas.
Na casa da vó Maria, com quem eu morava, uma das primeiras tarefas de minha responsabilidade, por volta dos 7/8 anos, foi "pôr a mesa do café" à noite.
Consistia em limpar a mesa da copa, trocar a toalha e colocar um pratinho e, em cima dele, pires, xícara e colherzinha; e, no centro da mesa, uma bandeja com açucareiro, farinheiro, saleiro, mantei gueira e uma "faca de mesa" para a manteiga. Ah, e guardanapos de panos!
Na copa havia um móvel de madeira, o lavatório, com uma bacia branca esmaltada, toalha de mão, sabonete e jarra de água, também de ágata. Não havia água encanada. Trocava a toalha, enchia a jarra de água e verificava se a bacia estava limpa. Nos primeiros dias, vovó   ficava ao meu lado, ensinando-me. Depois passei a pôr a mesa sem auxílio. De vez em quando, dava uma "esquecida" proposital... Mas vovó era rigorosa: "Acorda, vai cuidar da obrigação!". Ia para a escola muito cedo, eu tomava café sozinha. Aos sábados e domingos, a família toda tomava café ao mesmo tempo.hoje já não tenho a vó nem meus pais saudades de todos os que já se foram e os que não podem estar perto


 O hábito de "pôr a mesa do café" à noite é uma cultura familiar que desde que fui embora pra cidade não fiz mais em minha casa.   só quando venho pra minas é que faço    !  .. Na mesa, uma jarra de suco, um misto-quente para cada pessoa e café fumegando no bule!  
Por fim, a mesa do café chegou   com quem se perdeu no esvaziamento da casa. Com o ninho quase vazio, o costume de pôr a mesa do café sumiu! Só reaparece quando há visitas. Momentos de ternura.



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Saudades .....

 CORTEJO DOS PIRILAMPOS
Dulce Ana da Silva Fernandez

Cochilando sobre velhos tempos vividos na casa da minha avó, a noite manda vagalumes circularem-me, com doce luminosidade, pela janela aberta:
Préadolescente, nos meus 10 anos de idade, cheios de aventuras, sonhos...
Mamãe, para alegrar vovó, mandava-me passar os finais de semana lá na chácara. E eu gostava muito: casa antiga, acolhedora, espaçosa; quintal imenso com pomar e horta jardim; anjos sobrevoavam as camas, espantavam os monstros com suas mágicas asas brancas; lamparinas oratórias iluminavam santos protetores...
Dias estafantes, cheios de atividades! À tarde, ali na sala da frente do casarão da chácara, sentada ao lado da maquininha manual de costura, vovó acertava, com alfinetes retalhos coloridos. A cada colcha, distribuía os pedaços quadriculados e recortados de panos numa bela combinação de cores. Introspecção. Recolhimento. Silêncio. Histórias de verdades, vivências nos seus retalhos!
A minha avó sempre contava a história de um casal de vagalumes que voava pela sala. Espreitava retalhos coloridos da colcha. Ela sorrindo misteriosa, dizia que os quadrados recortados e irisados eram simples peças aladas que atraíam seres...
Vinham visitá-la à noite quando entravam pela janela semiaberta. Com o canto dos olhos, via quando os vagalumes chegavam, fingia continuar a arrumar os moldes, ou costurar, enquanto, embevecida, seguia o belo voo que iluminava o silêncio.
Ouvi-a contar isso dezena de vezes, antes mesmo da época em que costumava passar os finais de semana lá na chácara. E, logo os conheci.
Vovó, silenciosa lá na grande sala, mas os pensamentos, apressados. Recordava-se do vovô. Felizes por muitos anos, até que ele decidiu partir para a Itália, tomar conta de um irmão doente (promessa que fizera à mãe), e nunca mais voltou.
A partir dessa data, ela se trancou dentro de casa. Solidão? Sim. Enquanto costurava, recordava da fala mansa e agradável do esposo em seus momentos antes da partida. Só renasceu, depois de passado quase um ano em que ele, ainda na Europa, falecera. Como uma fênix, novamente vivia, mas era pelos filhos e netos.
Numa bela noite, eu estava lá na chácara, silencioso e entretido num quebra cabeça, quando o casal de pirilampos apareceu. Até que enfim pude vê-los.
2/2
Depois da saída deles, mandou que eu a seguisse até a cozinha. “Ah! O que há na cozinha? Eu quero ficar aqui na sala”. Comentei tristonho.
Atendera ao meu pedido. Deixou-me sentado na poltrona e só fui chamado quando terminara de fritar os bolinhos de chuva.
Surpresa! Com os olhos meio fechados, ela viu na pequena abertura um dos vagalumes no canto da caixa de retroses. “Ainda está ai dentro?” Com voz baixa e magoada, respondeu: “Está feliz? Pois ele se encontra aí”. Continuei o comentário:
- Sabe vovó. Deixei uma fresta para a entrada de ar. Coloquei farelinho de bolacha para alimentá-lo. Agora, estou à espera do seu companheiro para caçá-lo também. Vou tentar amarrá-los. Já peguei o carretel de linha, pois os vagalumes são espertos, entram e saem da sala com a luz acesa, quando querem. Você me ajuda?
Vovó, de pronto respondeu: “Você não devia se alegrar em destruir um deles, o outro agora não vai mais aparecer nem para me fazer companhia”...Tarde demais. Desde que o colocara ali, ele, parado! não apagava a lanterninha. Com certeza a pilha ia se acabar... A intenção de atrair o outro tornou-se ideia fixa para mim.
Trocarmos um sorriso cúmplice. Apertamos as mãos e fomos comer os bolinhos.
Comemos num silêncio enervante. Os bolinhos não tinham mais sabor? Será?
Dois dias após, já havia me esquecido da caixinha com o pirilampo sobre a mesa de canto, brincava com meu jogo de botões. Admirado, após erguer a cabeça, vi, semeando luz viva ao redor da lâmpada da sala, alguns vagalumes. Vovó pediu silêncio. Olhei na caixinha, o vagalume não estava lá No chão, algumas formigas de comprida carreira, carregava-o com dificuldade até um buraco na madeira da janela.
- Com certeza, vieram acompanhar e iluminar o funeral do amigo, que morrera antecipado, na solidão de uma caixa de retroses. Vovó comentara baixinho. E, ao ver lágrimas rolando por minhas faces com graça e ternura, veio enxugá-las e me abraçar na busca do perdão ...
Agora, o conto de fadas virou saudades. Ao caminhar, em direção ao futuro, uma parte do meu coração permanece naquele “tempo”.
Envolventes lembranças que jamais se apagarão.

Postado por Ivana Maria França de Negri http://golp-piracicaba.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html creditos do texto

domingo, 15 de julho de 2012

Mesmo nos piores momentos conseguimos fazer a poesia


Hoje vou falar de um tempo tempo dos meus avos e da minha mãe O pai tinha autoridade absoluta sobre todos, sua palavra era lei.A mulher no seu cotidiano permanecia geralmente em casa, executando inúmeras tarefas como: cozinhar, passar, limpar, lavar, fazer horta, cuidar das criações e muita das vezes trabalhar na roça, principalmente durante o período da colheita de café, saiam de madrugada com seus esposos, trajadas de calça, blusas de mangas compridas, lenços e chapeis para que pudessem se proteger do sol, pois passavam o dia todo trabalhando. ESTA ERA A ROTINA DE MEUS AVOS Na verdade, sempre submetiam-se a autoridade de um senhor. minha mãe quando solteira dependia do pai, e, quando casada, do marido. A família, além de plantar, colher, secar o café, mantinham uma lavoura de subsistência como: milho, feijão, arroz, mandioca, abóbora, etc.A velha maquina de costura de mamãe Apos um intenso dia de trabalho, servia-se com um bom jantar e uma conversa com a família.
 

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A noite nas horas vagas, aprendiam a marcar, bordar, fazer crochê e costurar para que pudessem confeccionar seus próprios enxovais e roupas para o uso diário, lembrando que era à luz de lamparina, ainda não havia energia elétrica e a roupa era passada com 
ferro a carvão     

As casas eram construídas com materiais que os mesmo fabricavam. Eram de tijolinhos e cobertas de tábuas pequenas e o piso forrado com tábuas maiores, ambas cerradas manualmente.    
 O interior das casas era simples, e com poucos móveis. Nas paredes dos cômodos costumava-se ter imagens religiosas ou retratos dos patriarcas. Nos quartos encontravam-se bonitos oratórios com estatuetas e pinturas de santos. Os banheiros eram construídos ao lado de fora da casa, chamados de fossa ou privada. O sabugo de milho substituía o papel higiênico.

Os colchões eram feitos de palhas e os travesseiros de pena ou paina. O tecido usado chamava-se Carne Seca.
A água chegava até as casas através de um sistema de calha de madeira, caindo em forma de bica ou através de cacimba. Muitas vezes nem esse privilégio tinham, usavam água dos rios que carregavam a longa distância apenas para abastecer potes para beber e cozinhar. Tomar banho, só era possível em bacias.

Na limpeza da casa, o chefe proibia jogar água, pois achava que podia apodrecer a madeira. Muitas vezes as mulheres esperavam eles saírem de casa e lavavam escondidas, secavam rapidamente, chegavam às vezes abanar para fazer vento, evitando assim, um atrito familiar. Na higiene tanto corporal como da casa, era usado sabão de soda de fabricação própria. Costumava-se também passar cera no assoalho e usar o escovão para dar brilho.
Todo vestuário era confeccionado em casa, até mesmo peças íntimas. O pai comprava um fardo de tecido e com ele fazia roupa para toda família. Eram poucas e feitas de algodão, chita ou linho.Bem trajadas, as mulheres jamais usavam roupa decotadas. Eram de manga e o vestido ou saia, plissado ou franzido num comprimento abaixo do joelho, caso contrário eram chamadas de “mulheres à toa”. O rapaz nunca se mostrava de short, trajava-se de calça e camisa de manga. As roupas de festas e passeios eram delinho engomado. A receita é simples, e realmente funciona!
amido de milho 1/4 xícara em 1 xícara de água até que ele seja dissolvido. Em seguida, mexa essa mistura em um litro de água fervente. Continue mexendo constantemente até que começar a ferver e engrossar ... retire do fogo.


Quando o amido esfriou um pouco, mergulhar a roupa em água pura - então torça bem. Em seguida, adicioná-lo ao amido ... trabalhando em ter certeza de sua imersão através uniformemente. Torça o excesso de amido, em seguida, repita com quaisquer outras peças de vestuário. Pendure os itens na linha para secar, até que mal úmido.

Isso são dias de hoje minha mãe ensinou e quando estou no sitio como hoje faço 
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 A alimentação era preparada no fogão a lenha. Pela manhã comiam polenta com leite, o qual utensílio usado era chamado de “bimbão ou rabuda”, ou então polenta de frita,banana e batata cozida e broa feita de fubá. Almoçavam entre nove e dez horas e o jantas era das 14 às 15 horas.
Os produtos que compravam eram: sal, querosene e fósforo. E em datas especiais compravam o trigo e o açúcar que eram considerados artigos de luxo, porque os outros alimentos eram colhidos ou fabricados nas próprias localidades.
Para conservar as carnes tinham o hábito de colocar debaixo da gordura ou fazer carne seca. Comer carne de galinha só aos domingos.A diversão para as crianças eram brincadeiras como: cantigas de roda, boca-de-forno, passar anel, chicotinho queimado, pique, peteca, bola
de meia, perna-de-pau, pular corda, bola feita com bexiga de porco, etc.
A diversão dos adultos eram: bola de pau, futebol, reuniões de família aos domingos, festas religiosas e bailes em casas de parentes e amigos que na maioria das vezes tinham que andar horas e horas a pé para chegar. 
     Na estrada (Renata Diem) Tags: viajando carroa estrada road working oldmen men    
De carona... (Mrcia_) Tags: paran brasil cachorro cavalos carroa spia abigfave duetos cmeradeourobrasil jaguariava mrciaelia mrciamitsi explore031207265   (Lucille Kanzawa) Tags: man girl bike way ellen francisco shadows child oldman bicicleta dirtroad criana menina homem sombras carroa caminho estradadeterra cartload 
O transporte era a pé ou animais como: jegue, burro, cavalo e boi.
Os mantimentos eram trazidos da roça pelas tropas de burro ou carrinho de pau, assim como as mudanças a não ser, as mais distantes que eram feitas de carros chamados pau de arara.
Os meios de comunicação disponíveis eram cartas e rádios a pilha.,
O casal nem podiam pegar na mão.
No casamento, a noiva se arrumava em casa e jamais podia ser vista pelo noivo antes da hora. Antes da cerimônia costumava-se fazer um café da manhã e em seguida os noivos saiam a pé para igreja e os demais convidados atrás.
A gravidez era um momento de recolhimento, a mulher não podia se expor à sociedade.
A origem do bebê era sempre explicada às crianças como sendo “encomendada à cegonha”. Por isso a sogra não deixava sair de casa. Quando os filhos nasciam, jamais saiam do quarto nos primeiros sete dias. Os partos eram feitos na própria casa por parteiras. O remédio usado após o parto era chá de algodão, purgante de óleo para fazer limpeza do útero e intestino. Tinha como costume receber visitas de parentes e amigos, os quais levavam como presentes: galinha, rosca e queijo.
Só podia lavar a cabeça após um resguardo de 40 dias.
A amamentação do bebê jamais podia ser feita em público. As fraldas eram feitas de lençóis e em pouca quantidade,du
rante o período menstrual não podiam lavar a cabeça, porque acreditavam que fazia mal.
A educação, por descaso do governo, dificultava o acesso às escolas, pois as poucas que existiam ficavam muito longe de seus lares. O máximo que o aluno conseguia concluir era até a 4ª série do Ensino Fundamental. O professor na maioria das vezes não tinha habilitação e o ensino era muito tradicional, os castigos eram através de palmatórias e ajoelhar em cima de caroços de milho. As crianças encontravam muito perigos no caminho, principalmente do gado. Os materiais eram muito simples e carregados em sacolas plásticas ou em ”bornal”. Os cursos superiores só eram destinados a classe mais alta da sociedade.e assim era mais o menos naqueles tempos onde papai com 83 faleceu e sempre nos contou






sexta-feira, 13 de julho de 2012

Lembranças da minha querida vovo´



Além de fazer parte da nossa história e das nossas lembranças de infância, é sempre uma delícia estar em família e reviver essa atmosfera típica de interior… Fogão a lenha, pomar no quintal, paz no espírito.Casa de interior sempre tem muitas flores

sempre carregadas de beleza:







Destaque flores e frutas





A casa sempre cheia e a mesa sempre farta de comida, conversa e carinho. Zelo e dedicação nos pequenos detalhes: no cafe da manha



Em minas onde se passa tem alguém com mãos de fada com seus deliciosos quitutes



Em todo cantinho de Minas tem algumas mãos de fada para atender aos nossos desejos



E este quintal com horta...mato..trilhas e frutas...



Ou um chá de hortelã ou um cheirinho verde para a panela da galinha....



Só faltou a banda de música, o algodão doce e ser domingo...


Frutas a perder de vista

Em um canto do quintal, lenha para o fogão e, na cozinha, comida cheirando na panela. Por que comida feita em fogão a lenha parece sempre mais cheirosa?

A panela que está no fogão é de mocotó para geleia. a linguiça secando do lado saudades ..
por aqui todas as casa tem um fogão a lenha e O almoço la fora com todo carinho





pela manhã sai quentinho do forno o famoso biscoito
A receita, feita à base de polvilho (goma), passa de geração em geração e mantém viva essa tradição regional. Mineira

Avó é igual a café passado na hora com bolo bem quentinho. Só quem teve e viveu em casa da avó sabe o que é isso. Avó é um estado de ser despreocupado e leve com a vida. Apesar do peso da crueldade do tempo, parece que os anos passados foram deixando elas mais leves.

É muito bom ter avó. Aquela pessoa que não liga mais para as grandes questões da vida. São pessoas que se preocupam mais com o seu beijo e abraço do que saber se você passou naquele concurso, na prova do vestibular e outras enfermidades que a vida “séria” nos leva. Vó não quer saber disso, porque essa tarefa da criação depende dos pais. Vó serve é para estragar os netos. Estragar com excesso de mimos, beijos, carinhos, doces, bolos, e aquele café quentinho sempre pronto na mesa.

Vó é mãe em dobro. Vó é saudade de olhar no portão o neto ir embora, porque os compromissos da semana estão chegando. Vó é sensação de estar de férias eternamente. É final de semana elevado ao infinito. Quem teve ou tem avós sabe do que estou falando.

Vó é sinal de cidade pequena, de lugares onde o ar é mais puro e as pessoas ficam no portão, se conhecem e se cumprimentam com cordialidade ancestral. Vó é o olhar aprofundado da vida que sabe extrair o simples dos problemas mais complicados do mundo. Sempre com um sorriso e com uma voz mansa de quem já deu voltas no universo e viu que ele é infinito, e que não adianta viver de fadiga e ansiedade.

Por isso que vó nunca liga pro troco quando te pede para ir comprar uma coisa na rua. Por isso que vó nunca reclama quando você pede algo a ela. Seja passar um café fresquinho, fazer um bolo ou tentar convencer seus pais de alguma coisa.

Avó se conjuga com saudade e café à tarde, com uma casa simples na calçada e gente do interior sempre passageira, sempre cheia de universo.

Para quem não tem mais avós, fica a lição, de que a vida está contida em um universo infinito, e que de nada vale calejar os dedos e o olhar para tentar conquistá-lo.

Os avós, geralmente não servem mais para coisas úteis. São velhos e tratados pelos filhos “adultos” como crianças. E eles às vezes não ligam para isso. Por que só quem é avó passou pela experiência de ver sua geração se perpetuando sabe e tem gosto de ver sua vida continuando através de outra . Só quem é avó passa pela experiência da ancestralidade, que é comum aos seres humanos em qualquer cultura.

As avós são pacientes, porque perceberam que a vida é longa, que do fio que nos conduz através do tempo não se pode avistar o seu final. Que a chama da vela acesa, em cima da mesa, azul e bruxuleante, fica ali, fraquinha e qualquer vento forte pode apagá-la. Qualquer resfriado pode por fim à chama. Por isso ser avó é ter essa leveza do espírito, de deixar de ligar para as coisas e se largar nos braços da vida.

Elas sabem esse segredo milenar. Ainda não contaram para seus filhos, porque esses ainda não conseguem compreender o mistério do mundo. Precisam virar avós. Apenas aos netos são segredadas a arte que as cãs trazem à vida, de saber ver o mundo bater em outro tempo, de ver o universo correr na velocidade do sol e não ter nenhum espanto com isso.

Me orgulho muito de não ter nome importante na família. Tão pouco nenhuma herança financeira. Porque descobri a riqueza das minhas origens. De onde o fio da minha vida que antecede a ela mesma, veio passando e passando ao longo do tempo até chegar aqui. E de saber que ele não para.

Ir passar esse dia na cidade de minha avó paterna me causou tudo isso. Essa afetação de hoje. Esse sentimento de continuidade e de conhecer de onde veio a minha vida. E fiquei feliz por saber que vim de lugar tão simples, tão calmo e tão bonito de se ver. De um lugar onde as pessoas se olham, onde a eternidade está em tudo, nos pássaros da praça, nas crianças que correm, no queijo caseiro e nas torradinhas fresquinhas que se encontram em qualquer esquina. Que bom que trago tudo isso dentro de mim. Que bom que não me perdi em meio à racionalidade técnica. Que bom que meus pés ainda estão sujos de barro e que ainda sinto meu coração pulsar forte na cidade do interior. Na cidade onde ainda se é possível ver os avós na calçada. Hoje, a tarde vai deixar de contar com menos uma dessas avós.

Espero poder um dia levar esse fio de volta, reatando ele nas tardes da calçada.

O fio continua sendo tecido, bordado e desfiado com café, bolo e outros doces.

Escrevo com lágrimas esse texto, me despedindo da minha última avó. Saudades neste dia. Que o Senhor do universo a acolha carinhosamente em seus braços, maternal e cuidadoso como vocês sempre foram com a gente. esta farofinha ela fazia vai a receita pro seis Farofa de banana que fiz hoje

Ingredientes

uma colher de sopa de óleo
dois dentes de alho picados
uma cebola media picada
duas bananas da terra
uma xícara de farinha de mandioca
sal a gosto
uma colher de sopa de manteiga
cebolinha picada

Preparo

Fritar as bananas e reservar, em uma panela colocar o óleo,
o alho, dar uma refogada e por a cebola, juntar a farinh o sal e a manteiga.
Juntar as bananas, e a cebolinha verde.



Banana frita

Tem sabor de infãncia.




Está ai é uma sobremesa de infãncia, minha mãe sempre levava frutas a mesa durante as refeições, pode ser laranja cortada a moda feijoada e geladinha.
Bananas sempre vão bem a mesa, quem nunca comeu banana nanica com arroz branquinho?
É uma delícia.
Ainda pode ir a mesa abacaxi.
Mas cuidado não são todas as frutas que podemos comer após as refeições.

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